Comentário de Jorge Tinoco (Braga)

É um conjunto de grande policromia temática e polissemia também, muito bem conseguido. Intenso, de belas mensagens, cheio de ingredientes que nos tocam: seja o amor nas suas diversas cambiantes, seja o telurismo ou seja, por exemplo, o grito patriótico...
Um livro também rico pela fluidez e elasticidade da sua linguagem, abrangendo quer o carácter mais reflexivo, quase proverbial e sentencioso, quer muitas vezes um tom coloquial que nos implica e torna participantes, familiares e cúmplices. Há assim o dom de sermos todos convocados para o livro, tomados pela palavra poderosíssima no seu misto poético e narrativo, assimilados na grande variedade e profundidade dos conteúdos e das formas.
Uma obra, em suma, que, por tudo, nos faz co-escritores - tendo essa mestria de nos levar para dentro de si comungando sentimentos e vivendo (bebendo) com empatia o sumo de cada verso, de cada apelo, de cada interpelação...
Razão por que me parece um livro a que dificilmente alguém poderá ficar indiferente ou não se sentir de algum modo ou por algum motivo a ele ligado...
O meu abraço de parabéns, Emilio!

Comentário de Ana Ludovino (Vila Nova da Barquinha)

A poesia é uma das minhas paixões (eu vivo apaixonada!!!) e, hoje, no âmbito do Festival Barquinha Non Stop 2011, assisti à apresentação deste livro de Emílio Miranda.
Não é fácil ser-se poeta... mas, Emílio é-o!
Este livro de poemas «intemporais» capta-nos a atenção desde o primeiro instante com o poema «Procura-se»... no entanto, o meu coração parou em «Travessia» ... retomei o fôlego e segui viagem, porém, difícil é ultrapassar «O Azul da minha Raiva»!
Por último, paro em «A Busca»... e posso exclamar - Este é o meu poema, este é um poema que me faz ainda mais amar poesia! Obrigada, Emílio!