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1089
O Livro Perdido das Origens de Portugal

          Ano de 1089. Uma nação em formação ergue-se na bruma do tempo, movida pelo forte e leal braço do povo, pelo arrojo de senhores feudais e pela fé nos ditames da Igreja e dos seus ministros. Num velho mosteiro, são muitas e sinceras as preces, mas também as manobras pela conquista do poder nesse novo território.

          Magistralmente concebido, 1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal relata, de forma precisa, viva e cativante, os dias da fundação de Portugal tendo como palco central as terras de um mosteiro beneditino. E não deixa de fora relatos concisos da ambição dos homens e, em particular, dos da Igreja, com os seus segredos e jogos de luz e sombra.
          No alvor da nação, plebeus e senhores lutam pelo Céu e pela Liberdade. Um antigo mosteiro esconde ambições, desejos e amores proibidos. 1089 - o livro perdido das origens de Portugal, o nascimento de uma nação, as lutas dos homens, o destino de um povo.

 


Comentários sobre o livro 1089 feitos por alguns leitores:

 

 

 

Boa Noite Sr Emílio

Lí o seu livro 1.089 e fiquei maravilhado com o seu conteúdo, e  além de
conhecer um pouco da história de Portugal que nele descreve também.
Que Deus ilumine a sua carreira e que venha a escrever livros maravilhosos
como este..
Meu nome é José Santos, moro em Osasco - São Paulo - Brasil.

 


 

Quase parece que andei numa maratona dos "Livros RTP". Após o livro anterior, sentia necessidade de um livro histórico. Algo que fosse romanceado, mas que, por trás, tivesse uma boa história com um ou outro facto histórico. E, sim, encontrei isso neste livro. Um início lento que muda totalmente de ritmo a certa altura da narrativa, quando traições e mentiras entram na história.

Tudo começa num dia como qualquer outro, não fosse um simples acontecimento: a coragem de um servo para com o seu senhor. Um senhor que se encontrava decidido a atirar sobre um animal que ainda estava a amamentar os seus filhos, tendo sido impedido pelo servo, que se colocou à frente do animal. Mas, se pensam que o senhor teve pena do servo, estão enganados. Arreliado por as suas vontades lhe terem sido negadas, atirou contra o servo, deixando-o abandonado à morte. Mas a sorte, por vezes, bate à porta dos mais infortunados e é isso que acaba por acontecer. Um velho casal que morava perto do mosteiro que ali se encontrava, encontra o rapaz à beira da morte e, vendo nele o filho que nunca haviam tido, decidem tentar salvá-lo.

Enquanto isso, noutro lugar, também perto do mosteiro, existia uma pequena casa com uma família de três, que agora contava com quatro, não estivesse a irmã da mãe da família a morar "temporariament e" com eles. Uma família que só quer viver sossegada, alimentar-se do que a terra lhes dá e não dar trabalho a ninguém. Algo que é ameaçado pela natureza demasiado livre e apaixonada do novo "membro da família", que encontra no mosteiro um lugar de paixão e ódio.

Também dentro do próprio mosteiro as coisas não são preto no branco, tal como deveriam ser. Uma vida que, inicialmente, nos é apresentada como pacífica e calma, acaba por ficar de pernas para o ar, quando o antigo chefe do mosteiro começa a ficar demasiado velho e cansado para o trabalho, levando a que novas vozes e opiniões se elevem, algumas delas com demasiada arrogância e ganância. A juntar à luta pela chefia, antigos segredos começam a ser lentamente revelados, enquanto as paixões dentro das portas fechadas do mosteiro dão lugar a novos segredos.

Foi um livro que me surpreendeu e cuja escrita é construída à medida que se avança na narrativa. Inicialmente, todas as histórias parecem separadas e não dá para compreender bem qual o fio condutor entre todas as narrativas, para além, claro, do mosteiro. Mas, passadas umas 100 páginas, a narrativa toma outro ritmo, as personagens acabam por se tornar reais e ficamos de tal forma ligados a toda a história, que não a conseguimos largar.

Este é um livro que tem imensas nuaces históricas, desde os costumes e mentalidades a atos, e todos refletem a mentalidade da época. As personagens foram o ponto forte de toda a narrativa. Apesar do início ser lento, acabamos, ao longo do livro, por conhecer todos os pontos das suas personalidades, conseguindo por vezes antecipar as suas ações, pois conhecemo-las de tal forma, que parece que são reais. Mas, apesar de anteciparmos as suas ações, não antecipamos ao que estas levam.

Um livro que me surpreendeu, especialmente porque estava a ficar desanimada com o início lento. Mas, após essa parte, devorei o livro. Recomendo e fico à espera de novos títulos do autor!

 

Vanessa Montês (http://www.segredodoslivros.com/sugestoes-de-leitura/1089-o-livro-perdido-das-origens-de-portugal.html)


Onde termina o bem e começa o mal? Qual o alcance daquilo a que se chama ‘justiça’ e ‘liberdade’? Depende dos tempos e dos lugares? Ou as questões e dúvidas de outrora são as mesmas de hoje e de amanhã?

1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal faz um retrato genuíno das vivências, das ambições, das intrigas, da fé, das venturas e das desventuras de um país em construção. Muito em torno da vida religiosa e das rotinas de um mosteiro, é incrível a forma enigmática como ‘a vida dá muitas voltas’ e acaba por ser responsável por encontros, desencontros e reencontros inesperados. Ainda que não abundem os factos históricos explícitos, o discorrer dos acontecimentos transporta o leitor para aqueles tempos e acontecimentos, tendo a perceção clara do seu lugar na História.

A escrita é cativante e realista, ao ponto de fazer o leitor sentir as injustiças e revoltas na própria pele, com especial intensidade por serem vistas à luz da atualidade. 1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal é uma obra de verdades e mentiras, de segredos e revelações, de fé e ceticismo, de poder e serventia que fará qualquer leitor refletir sobre as suas origens.
 
 

De facto, um livro em grande!!

 
 Pela leitura fácil e fluida com que está escrito, pela forma  minuciosa e breve com que são descritos os lugares, paisagens, etc.,  pela manipulação engenhosa, coerente e lógica dos inúmeros (e não são poucos) personagens, pelo prender o leitor à narração, sempre no interesse de saber o que  se segue, por lembrar as origens deste país, transportando o leitor aos tempos da instrução primária, (no que me diz pessoalmente respeito) e sobretudo por forma quase imperceptível, mas sempre oportuna, introduzir numerosas e interessantes reflexões sobre a vida humana, com algum existencialismo de permeio.

 Gostei, divertiu-me, e sim, dou por muito bem empregue o tempo que lhe
 dispensei.

 Fernando Ferreira
            Um bom romance histórico é sempre bem-vindo. Sendo de um autor português, e trazido pela Marcador, parceria do amigo Corvo Negro, foi com prazer que me lancei num novo investimento.

 

 Na verdade, o livro não foi bem aquilo que eu esperava - algo mais grandioso no sentido épico, esmiuçando os feitos maiores da nossa História. Neste sentido, sinto que a informação na contracapa me induziu em erro. Acabei por considerá-la muito “spoiler” e algo “sensacionalista”, não só porque, em vez de se limitar a dar o ponto de partida para a trama, vai muito mais além nos acontecimentos, mas também porque dá ao livro um tom mais épico do que na verdade penso que tem.  
        A grandiosidade histórica está, de facto lá, sobretudo à medida que vamos avançando na narrativa. Mas a verdadeira grandiosidade do livro está nas personagens, e no modo como influenciam e são influenciados pelos acontecimentos. Adorei-as, os seus pensamentos, as suas quezílias, os seus afetos, as suas forças e fraquezas, os seus ódios e paixões. O tema épico narrado num tom mais intimista e de introspeção do que eu esperava, na verdade, agradou-me imenso. Não era o que eu estava à espera, volto a dizer, mas encheu-me as medidas. Damo-nos conta do desenrolar dos acontecimentos pelos olhos das diferentes personagens, e pela vivência que cada uma delas tem desses mesmos acontecimentos. No fundo, é isso que torna a História rica, é a humanidade que confere a verdadeira grandeza aos marcos do passado.
        É um livro de leitura envolvente, com uns “pozinhos” de recordação de outras obras como “O Nome da Rosa” (Humberto Eco) e “Os Pilares da Terra” (Ken Follett). Tal como estes, o “1089” tem ingredientes apelativos que espicaçam a nossa imaginação: a Idade Média, monges e mosteiros, amores proibidos, intrigas, a sedução do poder. Mas tem, também, uma vida muito própria. É que, apesar de se debruçar sobre um passado longínquo (antes mesmo de D. Afonso Henriques entrar em cena como o famoso Conquistador), é um passado que nos soa próximo, fazendo dele um romance quase familiar.
        Só não o vejo como um livro extraordinário pela forma peculiar como está escrito. Não senti qualquer problema com a linguagem em si – cuidada, muitas vezes poética, com um vocabulário rico, por vezes quase erudito, mas de fácil compreensão. No entanto, a espaços, achei a narrativa estruturada de forma confusa. Por exemplo, a alternância de pontos de vista tornou o romance riquíssimo, mas por vezes os sujeitos confundiam-se um pouco, havendo parágrafos em que não me foi fácil perceber a quem pertenciam aqueles pensamentos, ou acerca de quem eles eram formulados.
        Durante a leitura, e à medida que a história ia evoluindo, o meu relacionamento com a escrita foi melhorando, e as características que tanto me incomodavam foram-se tornando mais toleráveis, transmitindo, até, uma certa originalidade. Não é um estilo que eu goste pessoalmente, mas com o qual aceito encontrar-me novamente. Não posso dizer que fiquei fã da escrita, mas fiquei fã do escritor.
        Autor de pedaços romanceados da nossa rica História, Emílio Miranda destaca-se com vários romances trazidos por diferentes editoras, sendo que uma delas outra parceira do nosso anfitrião: a Saída de Emergência, com “O Livro dos Mosquetes”. É uma boa alternativa, quer às sagas intermináveis, quer aos episódios históricos de outras nações que não a nossa. É uma boa aposta em que a Marcador, a Saída de Emergência e os leitores portugueses devem continuar a investir.
        Quem não conhecer que se dedique a experimentar. No meio de tantas obras do autor, com nomes e sinopses apelativos, que nos deixam a imaginar, este “1089 - O Livro Perdidos das Origens de Portugal” é um bom começo. É uma história muito bem narrada, numa tapeçaria de vários retalhos (tantas vidas que se cruzam!), mas que se unem de forma uniforme. De forma muito humana, mas sem sentimentalismos melosos. Muito espiritual e envolvente, com um final que, se por um lado não deixa de me surpreender, por outro me pareceu absolutamente adequado."

 

Paula Pinto

 

Contacto de Emílio Miranda: autor@emiliomiranda.com

 

   

Este site foi actualizado pelo última vez em 15/03/16